Encontre o Sonho…
Introdução
Na rotina
acelerada da vida moderna, é fácil perder a conexão com nossa essência. No
entanto, sonhar não é um luxo, mas uma necessidade para o equilíbrio emocional
e psicológico. Os sonhos nos impulsionam, oferecendo propósito e direção.
Encontrar um sonho, no entanto, exige coragem para olhar para dentro,
compreender desejos profundos e superar os limites impostos pelo medo e pelas
circunstâncias.
Este artigo
aborda os sonhos não apenas como aspirações e metas de vida, mas também como
fenômenos do inconsciente durante o sono, explorando suas funções psicológicas
e a conexão entre ambos.
O Que é um Sonho?
Os sonhos
são experiências subjetivas que ocorrem durante o sono, manifestando-se por
meio de imagens, sensações e narrativas variadas. Eles podem refletir memórias,
emoções e até mesmo impulsos inconscientes.
A psicanálise atribui aos sonhos um papel fundamental na revelação de aspectos internos da mente. Sigmund Freud, um dos maiores estudiosos do inconsciente, sugeriu que os sonhos atuam como uma via de acesso a conteúdos reprimidos, permitindo que nossa mente explore e processe emoções e conflitos internos.
Além da
psicanálise, estudos em neurociência indicam que os sonhos desempenham funções
importantes no cérebro, incluindo o fortalecimento da memória, a regulação
emocional e o estímulo à criatividade.
Fases do Sono e os Sonhos
O ciclo do
sono é composto por diferentes estágios, cada um contribuindo de maneira específica
para o descanso e a atividade cerebral:
- Sono leve – Representa a transição entre a vigília e o sono, com relaxamento
do corpo e pensamentos dispersos.
- Sono intermediário – Caracteriza-se por um aprofundamento do descanso e sonhos
fragmentados, geralmente relacionados às experiências do dia.
- Sono profundo – Essencial para a recuperação física, essa fase possui menor
incidência de sonhos, tornando-os mais difíceis de lembrar.
- Sono REM (Movimento Rápido dos Olhos) – Momento em que o cérebro exibe intensa atividade, favorecendo a
formação de sonhos vívidos e emocionalmente carregados.
Durante o sono REM,
a atividade cerebral nas áreas responsáveis pela memória e pelas emoções se
intensifica, o que contribui para a profundidade e o impacto dos sonhos dessa fase.
O Sonho Como Fonte de Motivação
Do ponto de
vista psicológico, sonhar está diretamente relacionado à motivação intrínseca,
aquela força interior que nos impulsiona sem necessidade de estímulos externos.
Cultivar um sonho e dedicar-se a sua concretização fortalece a
autoconfiança, proporciona uma profunda sensação de realização e dá sentido à
jornada da vida.
A
psicologia positiva sugere que visualizar e agir sobre os próprios sonhos
contribui para níveis mais elevados de felicidade, pois essa conexão com nossos
desejos autênticos nos inspira a seguir em frente e construir uma realidade
mais satisfatória.
🎯 Pergunta
para Reflexão: Quais sonhos você guarda? Quais ainda precisa encontrar?
Conclusão:
Sonhar não
significa apenas definir um objetivo, mas embarcar em um processo de
autoconhecimento e transformação. Quando alguém descobre e se compromete com
seu próprio sonho, também encontra partes valiosas de sua identidade. Seja
nos caminhos incosciente da mente ou na materialização de nossas aspirações, os
sonhos desempenham um papel essencial em nossa jornada de crescimento e
transformação.
Bibliografia
- FREUD, Sigmund. A interpretação dos sonhos. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016.
- DAMÁSIO, Antônio. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro
humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
- HOBSON, J. Allan. The Dreaming Brain. New York: Basic Books,
1988.
- KAHNEMAN, Daniel. Rápido e devagar: duas formas de pensar.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
- REVISTA BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Os impactos dos sonhos na
regulação emocional e na memória. São Paulo: SciELO, 2024.
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Estágios do sono e suas
implicações neurológicas. Belo Horizonte: UFMG, 2020.
Bom dia, Psi.
ResponderExcluirFiquei com uma curiosidade: é comum sonharmos com situações recentes do cotidiano como forma de processamento emocional?
Sim, é comum que os sonhos reflitam situações recentes do cotidiano, pois o cérebro usa o sono para processar emoções e consolidar memórias. É como se fosse uma espécie de organização interna das experiências vividas. Interessante, né? Freud vaticinava que os sonhos são restos diurnos...
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