LIMITES COM CONSCIÊNCIA: PERDÃO SEM PERMISSÃO
Por: Antonio Evangelista - Pastor e Psicólogo
Perdoar não significa justificar os erros dos outros ou apagar o impacto das feridas emocionais. Sob a ótica da Terapia Cognitivo-Comportamental, o perdão está profundamente relacionado à reestruturação cognitiva. Trata-se de identificar os pensamentos automáticos negativos que emergem das memórias dolorosas e substituí-los por crenças mais adaptativas, promovendo alívio emocional e ressignificação.
Negar acesso, por outro lado, é um ato de estabelecer limites saudáveis. Isso envolve a prática da assertividade desenvolvida no processo terapêutico: a habilidade de comunicar nossas necessidades e valores com clareza e firmeza, preservando nossa integridade emocional. Guardar nomes, nesse contexto, não se trata de nutrir ressentimentos, mas sim de fortalecer nossa capacidade de reconhecer padrões tóxicos e evitar sua repetição.
Com o tempo, aprendemos o
valor da auto-observação e do registro de pensamentos para compreender o
impacto das experiências vividas. Ao revisitar esses registros, percebemos que
perdoar é um ato de libertação, enquanto negar acesso é um gesto de proteção —
ambos são essenciais para o autocuidado e o bem-estar psicológico.
Por fim, a amizade verdadeira
é construída com base no respeito mútuo. Não somos obrigados a nos reconciliar
ou manter laços com aqueles que nos feriram ou tentaram nos destruir. Escolher
manter distância é uma forma de honrar nossa trajetória de cura e resiliência,
celebrando o amor-próprio e a sabedoria adquirida ao longo do caminho.
Muito verdade tudo isso! Muita sabedoria nesse texto!
ResponderExcluirObrigado por seu comentário, fique a disposição para ler os outros artigos e comenta-los....
ResponderExcluirTexto
ResponderExcluirprofundo! Perdoar liberta, negar acesso protege ambos são atos de amor-próprio e sabedoria.